sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Que se f**a tudo isso...

Invasão....

Convenção....

Assujeitamento....

Constrangimento....

 o corpo é meu..... Tá legal???

Só meu,  Entendeu? Agora estou radical.

Você vive a vida me dizendo o que é ideal...

Afirmando que não mereço me amar pois eu não sou igual....

Que eu não mereço ser amada  se a minha barriga não é chapada....

E que para me curar preciso ser drogada

Farinha....  de berinjela...

Fluoxetina nas artérias ....

Só consumação.... consumindo toda e qualquer solução para entrar no seu padrão....

E EU????????????

Quem olha para o que eu sou?

Quero me escolher.... me liberta.... por favor....

Escolhendo auto-amor.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Encorpada, a fada?


Eu tenho um corpo.
E isso me dói muito...
Eu quero um corpo lindo
como minha alma
Leve como meu coração....
Mas o corpo pesa tudo.
E  faz tudo triste num segundo.

Eu percebo agora,
Mas a aceitação demora.
Não combina,
Criatividade nessa forma, menina.

Alguém leva embora
Isso que meu coração embolora.
Eu rejeito, eu rejeito e eu rejeito...
Eu respeito, eu sei, respeito.
Sinto que eu preciso me olhar direito.
E contemplar amorosamente o imperfeito.

Sinto muito, me perdoe, te amo e sou grata!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Arqueologia da Alma


Eu escavei cada parte minha,
Todos os pedaços,
Em cada osso encontrado:  a calma de esperar,
Para ver o que iria formar.

Anos assim, 7.
Um número místico, já devia saber,
Que não havia nada,
E nunca houve.
Entre mim e você.

E você reluz,
Incompatível com o mundo que vivo.
Incompatível com esse mundo sem luz.

Eu sei,  não consigo cooperar,
Mas assim, garanto, não posso mais ficar.
Com você, alma minha,
Preciso me conectar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A velha e o outono


Sabe que no fim do túnel existe
Um só eu, não tão triste
Tem a velha bruxa sabida
Que de longe,
Avistou minha descida.

De cabelo trançado e
Corpo cambaleante
Viu minhas camadas
E todos meus nuances.

Agora vejo estarrecida
Que a bruxa era
Minha intuição envelhecida.
Palavras sopradas no ouvido
E só paradas,  no umbigo.

Eu descia escondida,
Da morte de mim fugida.
E outono cor de ouro
Faz da iminente morte
Um intenso namoro.

domingo, 23 de outubro de 2011

Controle

Anos de libertinagem,
Buscando a liberdade,
Abrindo mão de pensamentos
E vaidades.

Desdenhando as tópicas
E compondo com as diversidades
No fim e no fundo
Lá está  a minha vivacidade.

Controlada por uma eu-Ditadora,
Que ávida por de mim cuidar,
Achou, por fim, 
melhor me enclausurar...

E tentando fugir dessas prisões
Faço sozinha ,
Poesias e canções.

domingo, 9 de outubro de 2011

Essa Gente que sou

Minha alma é tão urgente
Que sobra pouco tempo
Para pensar naquilo que é “gente”.

“Gente” tem haver com corpo quente,
Convenções, sementes,
Burocracias e companhias.

Tem um pouco de coragem e covardia.
Tem muita sombra e pouca ventania.
Tem o marasmo e o sarcasmo.
Tem a ética e o descaso.

Tem as redes do dia-a-dia
Que se ignoram lateralmente
E se cruzam transversalmente.

Tem essa vida moradia,
Essa vida movediça
E esse corpo noviça.

Ta na hora de pensar 
Nessa “gente“ que sou,
E nessa bagunça que
Essa “gente” formou.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Cicatrizes subcutâneas (Acho que cheguei a superfície)

Alguém me explica por que para amar
há que limpar as feridas???
Acho que a pele se refez sobre o machucado sujo,
Uma cicatriz imunda...
Cheio restos meus. E de outros...
E tirando tantas peles e faces...
A ferida chega à superfície...
Está tão imundo meus Deus!
E apesar de não ter medo de sangue
Eu não tenho forças pra tirar tantos destroços...
O injusto é que parece que cai porque me derrubaram...
E minha pele nunca mais foi perfeita,  apesar dos esforços...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma rosa em mim e a poesia sem fim

De repente,
nasce uma rosa linda no jardim....
De repente,
Acordo morta,
sem caber dentro de mim...

Eu resolvo rimar....
E meu amor querido,
liga para me mimar...

Sou grata tbm...
Apesar que nesse estado,
Isso não basta a mim
nem a ninguém...

A rosa nasce linda para o mundo
com espinhos disfarçados...
E eu cresço para dentro
com meus espinhos arregaçados...

Adiantou essa nossa prosa?
Não, é sem fim essa poesia....
Ao contrário da rosa,
ela não atrai insetos e alegria...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

(Me)Orgulho pra quê?

Morena... Quanto orgulho!
Larga disso e vem dar um mergulho...

Tem medo de que?
Se sabe que as pessoas falam,
falam mesmo sem saber...

Esqueça...
Você sabe que não está em ninguém
o poder de te ofender...
Esse dom terrível está aí
bem dentro de você....

Bobagem...
Esse orgulho é medo de ser pega
fazendo molecagem....
Coragem....
Essa pequena morena
A muito não vive mais só de camaradagem...

Vem pro escuro!
Se atira sem ver  numa vida sem orgulho.
E confia  que há de receber muita paz nesse  mergulho!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ressureição

23 anos procurando ossos...

Escavando, chorando, escavando....

Escavando, sorrindo, escavando....

Com fé, com coragem, com orgulho.

Sem pele, sem banha, sem músculos.

Achei todos....

Indestrutíveis,

Devem acolher minha alma....

Um lar fundo...

É a alma que mantém a vida de um moribundo...

Uma medula mística
Uma medula psíquica

Uma medula física

Uma para cada osso...

E estou pronta para cobrir-me de carne,

Agora que me conheço de novo...