segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Um amor lunático

É meu amor...
São ciclos,
Semestres,
Fases da lua...
E ouvindo MPB
No fundo, eu sei,
Ainda sou sua.

Você, infeliz também,
Entra nos meus sonhos
E me faz tão bem....
É meu amor...
Te quero de novo,
Te quero de sorriso bobo.

Saiamos do interior,
Eu , vc, um radinho com som
Saiamos com a roupa do corpo
E os corações sintonizados no amor...

É nossa vez de novo?
Aproveitemos, então, bem o luar
Antes que a nossa lua,
Volte rapidamente a minguar...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

As Férias Natalinas do Sol

Se vive um dia de cada vez...
Clichê? Talvez...
Mas a verdade é que em honra ao sol,
Escolhi meu verão.
Mas como o sol não é meu
Ele não me escolheu.


Fiz planos para o verão,
Acordava animada,
E como boa operaria ao sol dizia,
Que o meu final de ano prometia.


Nos meus planos eu ficava cor de canela,
E com vitamina D pra dar e vender...
Eu ficava na janela,
Vendo o sol subir e descer...


Descobri que sol também se cansa...
Assim como eu, ele está de férias,
E avisou a lua que se cansou dessa dança...


Talvez seja um trato celeste...
Sol e duas luas-cheias num mês?
Não, muitos astros no céu
Para o mês do rentável natal burguês.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Já dizia Raul...

Raul faz parecer divertido,
Mas ser uma metamorfose ambulante
Não é nem de longe tão excitante.

Uma crise por mês...
30 anos em 3.
Meu ciclo de vida é sem fim.
Nasço, reproduzo e morro
E muitas vezes,
Não há vida em mim!

Em cada ciclo,
Não me reconheço desde o início,
Mas isso,
Foi a vida que fez comigo.
Cada vida algo novo
E mesmo que eu queira nada acontece de novo.

A reprodução,
Não é que eu tenha muitas crianças...
No entanto eu reproduzo, obrigatóriamente, no mundo
Minhas mudanças.

Mas em cada morte,
Luto constante
Exatamente pela exaustão 
De ser uma metamorfose ambulante.