quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Semtemponenhum...

Que ansia é essa
Impaciente?
Não é melhor viver
Pacificamente?
Sujeitinho complicado!
A paciência sempre ao lado!


Anseia a falha?
O insucesso?
Pré-buscar o resultado
Não muda o que foi acabado
E o sofrimento antecipado?
Isto sim é ser injustiçado


É injustiçar-se
Maltratar-se
E refletir a todo o instante?
Pela face a situação
parece angustiante


Joga culpa na pulsão
"Liga não, é a pressa"
Mas ai de você não
cumprir uma promessa!
E viva a justificação!
Afinal,
Ladrão que rouba ladrão
tem 100 anos de perdão.


Mas e se o tempo é o ladrão?
Isso dá reflexão.
Porque aí, meu amigo,
Ele cobra com juros e correção.

TDAH

Respostas...
Eu virei as respostas...
O tédio,
A rotina,
A pressa,
A loucura,
A teimosia,
A quebra de valores,
Alívio!!!
Agora posso ser a cigarra.
Vou conviver com as formigas,
Sobreviver no formigueiro,
Sem fantasia de operária.
Posso ser só cigarra...

domingo, 23 de agosto de 2009

Cupido mal -amado

Queria levitar!
Sobrevoar o mundo....
Talvez como cupido,
atirando amor!
Tão ocupado,
Que seria impedido de
olhar pro meu lado.

E se fosse bem aventurado,
E tornasse todo o mundo amado?
O cupido desocupado
Ficaria velho e preocupado.

Sem amor pra dar
E ninguém pra amar
Resolveria a flecha em
Si mesmo mirar.

Amando a si
Descobriria o amor sem fim
"Posso atirar para sempre , sim!
Mesmo em um mundo amado,
Sempre há amor para ser atirado"

Imagine se desde sempre o
Cupido tivesse 1º em si mirado....

S.O.S

Eu sufoco
Todo o tempo!
Consigo emergir,
Respirar,
Mas as pernas se cansam.
Volto a afundar

Mais fundo?
Não, talvez de olhos abertos.
Me sinto pedra,
Até tento a superficie voltar...
Me canso em vão,
Deixo-me pacificar

Vejo o meu último suspiro
Deixar meus pulmões.
A bolha sobe, lenta
Leva minha vida!
E ela vai, contenta...

Mas a corrente se rompe!
Começo a subir,
Nado desesperada.
Quero alcançar
Meu resquício de vida
Ou lucidez....
Os dois de uma vez...

Alcanço...
Mas era suspiro de morte
e não de vida
Emerjo como um zumbi
Até ao fundo novamente ir.

sábado, 22 de agosto de 2009

Autofagia

Quanto mais me devoro,
Mais me sinto intoxicada.
A autofagia do mundo interior
Extrai toda a minha saúde...
São indigestas as gastroidéias.
E a mutilação desperta dores
Calores...

Sinto cada parte do meu corpo tremer
E as idéias são cada vez mais indigestas
As utópias então...
ideário enorme!
Dão origem a gases fédidos.

Às vezes é preferível deixar a
Mente com fome...
Mas a curiosidade me consome
A saída é consumir-se
Devorar-se!

Devoro cada pedaço da mente.
Regurgitar uma mente diferente
é tarefa perdida
O que sai está estragado
Os ácidos filosóficos corroeram...
Parar no meio do caminho
Reinstala , agora podre
O que a fome devorou

Sei que doi o incomodo psico-gástrico...
Ele é violento
E ainda sabe-se lá Deus
Se vem o esperado alento.

Bem-vinda ao mundo biológico

Tá na alma do poeta
a desconjunturação
Averiguo a realidade
com certa complexidade.
De onde vêm as lágrimas?

Hoje vejo dois canais
Mas antes eram
Exuberantemente carnais
Eram do sangue que jorra,
Do sentimento coração!

Mas a proximidade biológica com os cílios
Tira toda a graça...
Me emociona mais colher lírios,
Desamparar o beija-flor
Do que chorar por um meu amor
ou desamor...

Tanto faz,
a água sai dos canais.
E assim como caem os cílios
Formam-se os diamantes e
as pérolas irritantes..

Nada a haver com o coração
É vazio de emoção
É só pura evolução!
Veja como é triste a
simplificada realidade

Até me doi o coração
Viver com tanta exatidão.
Mas esta dor deve ser mesmo
é problema de pressão.

Auto valor

Me conta como é ouvir
Aquele borbulhar feliz...
De sabor apreciável
e duração indiscreta.
Da conquista certa
Para ti concreta!
Que bem ou mal ao mundo,
Permeia por ti, contudo
um significado sem igual...
Aquele espiritual,
de realizar-se
sem a utopia da perfeição.
Somente com a manifestação
Da obra feita por tua própria mão.

Calor do encontro

Poderia com ardor

Escrever para sempre

Debaixo de um bom cobertor

E o calor, de onde vem?

Da criação ou da proteção?

Do contato com o poeta adormecido

Pobre acometido

Pela minha imensa subjugação.

Erros concretos

Porém nada discretos

No universo da minha própria imensidão.

A vingança do poeta

Tem poeta, aí?
Poetiza?
Tem gente, aí?
Tem alma?
Me conta como quis
Como queria
Como preferir....

Fala!
Fala porque tua voz é alta,
é latente,
e por ser sincera
Contente...
Me admiro ao teu soterramento...
preferi mesmo o meu tormento?

Seria eu ré primária
Por tentativa de assassinato
ou seria claro suicídio?
Eu nunca ouvi
"Matei meu poeta e sobrevivi"

Vai, solta sua maledicência contra mim
Aliás, nem precisa
Fez tanta falta que sua vingança

 Já é conquista

Sonho da Alice

O gato sorri e observa
a insanidade do coelho
seduzir displicente.
A loucura se estabelece na pressa,
Já que o ser insano é desarmado
pela breviedade dos acontecimentos.

No reino onde todos temem
a comum rainha,
Ela estabelece preconceitos
preceitos, conceitos.
Crenças em comum,
Censo em concordancia.

Louca! Elá é louca...
E Alice, Ah... As Alices vão atrás...
Do coelho insano.
E o tempo no relógio corre.
E Alice corre.
Corre parada no sonho.
No sonho de agradar
o mundo comum

Impossível...
O mundo comum não dorme,
Não sonha...
E a pobre Alice não acorda
Ela sim, só sonha.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Casualidades humanas

Cansei de ser humana.
Idas e vindas,
signifcados nos acasos.
Casos embrenhados
de familias, trabalho e namorados

Casos enfadados,
Casos neuróticos, torturados,
Quase amaldiçoados.
Cansei de dar replay.
Cansei!

Desisti da experiência humana
Levem-me de volta à minha
Cabana, cometa, talvez planeta!
Devo ser marciana
ou deusa greco-romana
Destinada a ignorar
minha graça e desgraça mundana.