quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Encorpada, a fada?


Eu tenho um corpo.
E isso me dói muito...
Eu quero um corpo lindo
como minha alma
Leve como meu coração....
Mas o corpo pesa tudo.
E  faz tudo triste num segundo.

Eu percebo agora,
Mas a aceitação demora.
Não combina,
Criatividade nessa forma, menina.

Alguém leva embora
Isso que meu coração embolora.
Eu rejeito, eu rejeito e eu rejeito...
Eu respeito, eu sei, respeito.
Sinto que eu preciso me olhar direito.
E contemplar amorosamente o imperfeito.

Sinto muito, me perdoe, te amo e sou grata!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Arqueologia da Alma


Eu escavei cada parte minha,
Todos os pedaços,
Em cada osso encontrado:  a calma de esperar,
Para ver o que iria formar.

Anos assim, 7.
Um número místico, já devia saber,
Que não havia nada,
E nunca houve.
Entre mim e você.

E você reluz,
Incompatível com o mundo que vivo.
Incompatível com esse mundo sem luz.

Eu sei,  não consigo cooperar,
Mas assim, garanto, não posso mais ficar.
Com você, alma minha,
Preciso me conectar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A velha e o outono


Sabe que no fim do túnel existe
Um só eu, não tão triste
Tem a velha bruxa sabida
Que de longe,
Avistou minha descida.

De cabelo trançado e
Corpo cambaleante
Viu minhas camadas
E todos meus nuances.

Agora vejo estarrecida
Que a bruxa era
Minha intuição envelhecida.
Palavras sopradas no ouvido
E só paradas,  no umbigo.

Eu descia escondida,
Da morte de mim fugida.
E outono cor de ouro
Faz da iminente morte
Um intenso namoro.