sábado, 12 de dezembro de 2009

Já dizia Raul...

Raul faz parecer divertido,
Mas ser uma metamorfose ambulante
Não é nem de longe tão excitante.

Uma crise por mês...
30 anos em 3.
Meu ciclo de vida é sem fim.
Nasço, reproduzo e morro
E muitas vezes,
Não há vida em mim!

Em cada ciclo,
Não me reconheço desde o início,
Mas isso,
Foi a vida que fez comigo.
Cada vida algo novo
E mesmo que eu queira nada acontece de novo.

A reprodução,
Não é que eu tenha muitas crianças...
No entanto eu reproduzo, obrigatóriamente, no mundo
Minhas mudanças.

Mas em cada morte,
Luto constante
Exatamente pela exaustão 
De ser uma metamorfose ambulante.

Um comentário:

  1. Como renascer sem se tornar pó?
    É minha linda, Nietzsche já sabia,as mutações se dão após chegarmos as cinzas.

    Dé!

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